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Paiva admite fragilidades defensivas e prepara Botafogo para “Noite Perfeita” contra o PSG

Técnico do alvinegro aponta falhas em substituições e desgaste físico em vitória suada, projetando um confronto de exigência máxima na Copa do Mundo de Clubes.

Renato Paiva em entrevista coletiva após Botafogo 2 x 1 Seattle Sounders — Foto: Justin Setterfield - FIFA/FIFA via Getty Images
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Apesar da vitória por 2 a 1 sobre o Seattle Sounders na estreia da Copa do Mundo de Clubes, o técnico do Botafogo, Renato Paiva, não escondeu a insatisfação com o desempenho de sua equipe, especialmente na segunda etapa do confronto. Em coletiva pós-jogo, o português foi enfático ao reconhecer os problemas defensivos e a queda física do Alvinegro, elementos que precisarão ser corrigidos com urgência para o próximo desafio: o badalado Paris Saint-Germain.

Paiva dividiu a partida em “duas caras”. Ele admitiu que o Botafogo não começou bem, com erros técnicos e perda de bolas fáceis. No entanto, o time conseguiu se acertar, tranquilizando-se com o gol de Jair e criando outras chances de ampliar. “O Seattle praticamente não teve grandes oportunidades de gol” na primeira etapa, observou o técnico.

Segundo tempo de queda e substituições problemáticas

A virada de cenário veio após o intervalo. Renato Paiva atribuiu a queda de rendimento a questões físicas e à incapacidade de lidar com a intensidade do adversário. Além disso, o treinador fez uma autocrítica sobre as substituições, citando Correa como exemplo de uma alteração que não funcionou como esperado. O argentino, vindo de um período de inatividade, teve dificuldades em contribuir defensivamente.

“No segundo tempo, caímos muito em questões físicas, na minha opinião. Não conseguimos lidar com a agressividade e a intensidade que nosso adversário colocou no jogo. As substituições não funcionaram tão bem”, analisou Paiva. Ele complementou, destacando a fragilidade defensiva: “Em questões defensivas, nós sentimos que estávamos atacando com muitos e depois não estávamos defendendo com os mesmos”.

De olho no PSG: Exigência de “Noite Perfeita”

Com apenas três dias para o confronto decisivo contra o PSG, que goleou o Atlético de Madrid por 4 a 0, Paiva sabe que o tempo é curto, mas a necessidade de ajustes é imensa. As correções serão feitas principalmente com base em análises de vídeo, focando nos “pecados” cometidos contra o Seattle.

“O não ter bola também nos levou para este tipo de situação. De fato, corrigir essa questão, nós tivemos muita atenção ao ver o jogo hoje do PSG, é uma grande equipe, um coletivo muito forte, tem muita forma de jogar e de atacar”, ponderou o técnico. Ele reconhece a agressividade defensiva dos franceses, mas também vê aberturas: “Também tem os seus momentos e que também deixa alguns momentos para o adversário atacar e poder ter bola”.

Para o embate contra a equipe parisiense, Paiva não hesitou em elevar a barra. Ele espera que o Botafogo retome sua melhor forma, aquela que o tornou uma equipe compacta e difícil de ser vazada. “Nestes tipos de competições não é fácil porque tem este envolvimento de nervosismo”, disse ele, ressaltando que, apesar de a vitória ter sido um bom resultado, a exibição ficou aquém.

“Esta equipe já conseguiu fazer melhor, já conseguiu ser mais compacta e mais inteira a atacar e a defender, durante muito tempo, não é uma equipe que sofre muitos gols”, reforçou Paiva. A mensagem para o elenco é clara: “Vamos ter que ser muito melhores, muito mais competentes e fazer praticamente uma noite perfeita para defrontar o Paris Saint-Germain.”

O Botafogo é o segundo colocado no Grupo B da Copa do Mundo de Clubes, com os mesmos três pontos do PSG, mas em desvantagem no saldo de gols. O confronto promete ser um teste de fogo para a capacidade de superação e adaptação do alvinegro.

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Escrito por Júlia Lopes

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