O Botafogo deu o primeiro e fundamental passo na Copa do Mundo de Clubes, garantindo uma vitória por 2 a 1 sobre o Seattle Sounders, no Lumen Field. No entanto, o triunfo veio acompanhado de uma dose extra de emoção e de importantes pontos a serem ajustados para os desafios futuros da competição.
No geral, o objetivo foi cumprido, mas a forma como o resultado foi construído levanta questões sobre a gestão da partida e a capacidade do time de manter a serenidade sob pressão.
Um primeiro tempo de superação e alívio
Os primeiros momentos da partida foram marcados por um Botafogo visivelmente tenso. Erros de passe incomuns e a dificuldade na saída de bola, exemplificada por Gregore, evidenciaram o nervosismo da equipe. Contudo, aos poucos, o Alvinegro conseguiu sacudir a apreensão inicial.
A melhora gradual do time passou significativamente pelos pés de Artur. O camisa 7, em confronto direto com o lateral Tolo, foi o responsável por cavar a falta que resultou no primeiro gol, com Alex Telles cruzando com maestria para Jair abrir o placar.
Apesar de uma formação ofensiva que naturalmente abria espaços no meio-campo, o Botafogo conseguiu compensar com um ataque versátil, criando oportunidades por diversas vias. A tranquilidade parecia selada quando Igor Jesus ampliou a vantagem, aproveitando um cruzamento preciso de Vitinho, levando o time para o intervalo com uma vantagem de 2 a 0.
Segundo tempo de apuros e desgaste
O cenário da partida mudou drasticamente na segunda etapa. As alterações promovidas pelo técnico Renato Paiva, especialmente a entrada de Correa no lugar de Mastriani, não surtiram o efeito esperado. O jogador argentino pareceu desencaixado em campo, passando por diferentes posições e contribuindo pouco para a marcação.
Com um meio-campo cada vez mais desprotegido, o Botafogo passou a correr atrás do Sounders, que voltou do intervalo com outra postura. A aposta em empilhar atacantes, com a entrada de Arthur Cabral ao lado de Igor Jesus, transformou o time em uma máquina de perseguição à bola, deixando o Seattle dominar as ações.
A insistência dos americanos foi recompensada com um gol de Roldan aos 30 minutos do segundo tempo, transformando os minutos finais em um verdadeiro teste para o coração alvinegro. A sorte, e uma grande defesa de John no último minuto, impediram o empate, garantindo a vitória.
Lições essenciais para o futuro
A disparidade técnica entre as equipes era inegável. Quando o Botafogo impôs seu jogo, criou com facilidade. No entanto, a forma como o time abdicou de ter um meio-campo combativo na segunda etapa, especialmente diante de um adversário que se lançou ao ataque, é um alerta importante.
Esta vitória, por mais que tenha cumprido o objetivo inicial, serve como uma lição valiosa para o Botafogo. Para avançar em uma competição com adversários de peso como os europeus, será crucial ajustar a postura tática, controlar a ansiedade e aprender a gerir melhor a vantagem no placar. O primeiro passo foi dado, mas o caminho adiante exige mais inteligência e consistência.
O que você acha que o Botafogo precisa ajustar mais urgentemente para os próximos jogos?