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O renascimento Alvinegro: Do fundo do poço ao topo do Mundo em seis anos

Como o Botafogo transformou R$ 33 na conta bancária em uma inédita participação na Copa do Mundo de Clubes, vivendo seu ápice no século 21

Foto: Vitor Silva/Botafogo.
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A transformação do Botafogo é um enredo digno de cinema: de uma conta bancária praticamente zerada a um lugar no palco da Copa do Mundo de Clubes em apenas seis anos. Essa jornada impressionante marca o auge do clube neste século, um testemunho de resiliência e uma reviravolta extraordinária.

Em julho de 2019, o cenário era desolador para o Glorioso. Uma tentativa de penhora de R$ 2,8 milhões, referente à venda do zagueiro Igor Rabello ao Atlético-MG, revelou uma conta bancária com irrisórios R$ 33,22. A Justiça, diante da insignificância do valor, desbloqueou a penhora. Essa imagem simbolizava a asfixia financeira que o clube enfrentava, forçando-o a vender jovens promessas, adiantar parcelas e atrasar pagamentos aos próprios atletas.

Seis anos depois, em julho de 2025, a realidade é completamente diferente. O Botafogo está prestes a fazer sua estreia na Copa do Mundo de Clubes, enfrentando o Seattle Sounders no Lumen Field.


A virada de jogo com John Textor

A guinada teve início em 2022, com a aquisição da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) por John Textor. A chegada do empresário americano ao comando do departamento de futebol injetou não apenas capital, mas uma nova visão e ambição.

Desde então, o Botafogo já investiu mais de R$ 700 milhões em contratações, consolidando um elenco competitivo e vitorioso. Os resultados em campo não demoraram a aparecer: o clube conquistou a Conmebol Libertadores e o Campeonato Brasileiro, pavimentando o caminho para a tão sonhada participação no Mundial de Clubes. Internamente, este é o período de maior prosperidade da instituição neste século.

Desafio no Mundial: “Não ficaremos intimidados”

A estreia do Botafogo na competição será contra o Seattle Sounders, dos Estados Unidos, neste sábado. O grupo do Alvinegro ainda conta com gigantes europeus: Paris Saint-Germain, da França, e Atlético de Madrid, da Espanha.

Apesar da magnitude do desafio, John Textor demonstra confiança e otimismo. “Obviamente, vamos enfrentar alguns dos melhores times do mundo. Espero que joguemos de maneira inteligente e dura. Não ficaremos intimidados“, afirmou Textor. Ele ressaltou a importância do torneio para os jogadores do Botafogo, que veem neste momento uma oportunidade de ouro. “Eu sei que isso é mais importante para eles [jogadores do Botafogo] do que é para os jogadores do PSG e do [Atlético de] Madrid. Eles estão acostumados com esses grandes eventos, mas é um momento que muda a vida desses atletas. Eles não vão estar assustados com isso. Não importa o que aconteça, sei que eles vão lutar”, concluiu o acionista.

A história do Botafogo é um lembrete inspirador de como a paixão e o investimento podem transformar a realidade de um clube, levando-o de um estado de penúria a um lugar entre os maiores do mundo. O que mais o futuro reserva para o Alvinegro?

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Escrito por Júlia Lopes

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