Renato Paiva, do Botafogo, contra o Santos — Foto: Mauricio De Souza/AGIF
Apesar de quebrar um tabu de 12 anos e conquistar a primeira vitória fora de casa no Brasileirão, o técnico Renato Paiva fez uma análise crítica e sem euforia do triunfo do Botafogo por 1 a 0 sobre o Santos. Para o comandante, o resultado foi mais importante que a exibição, e a equipe foi salva pela efetividade, algo que faltou em outros jogos.
“Não é um grande jogo de nossa parte”, admitiu Paiva na coletiva. “A verdade é que eles (Santos) acabaram sendo mais incisivos, mais verticais. Em termos ofensivos, não fiquei satisfeito”, completou. O treinador reconheceu que, antes da expulsão de Neymar, sua equipe foi pressionada e teve dificuldades para criar, sendo o oposto de partidas anteriores onde o time jogou melhor, mas não venceu.
“Hoje fomos mais eficazes e, nas poucas oportunidades que tivemos, fizemos o gol. Fica mais o resultado do que propriamente a exibição”, resumiu.
Apesar da performance abaixo do ideal, o técnico valorizou o peso histórico do resultado, que ajuda a equipe a se livrar do rótulo de “time de duas caras”, que só joga bem em casa. Ele, no entanto, condicionou o sucesso deste domingo ao próximo desafio: “A classificação para a Libertadores e a vitória de hoje só terão sentido se vencermos o Ceará na quarta”.
Questionado sobre o futuro e o Mundial de Clubes, Paiva usou a metáfora do Monte Everest para descrever o desafio de enfrentar o PSG, mas manteve os pés no chão, reforçando que o foco total está no duelo contra o Ceará, na próxima quarta-feira, no Nilton Santos.